Fulano de Cá

Mais Uma Vez Distante

Tudo vai passando
Como manhãs frias
Com o céu nublado
E rostos sem autonomia

Gestos sem gestos
Olhos sem cor
Túmulo selando
Memórias sem som

Bonecos de vidro cartas contas coisas móveis camas vãos vazios
Sombras santas mantas fotos luto o mar zunindo
Toca chora ri esquenta abraça respira fundo o segundo que passou

Dançar o silêncio aos gritos é pulsar sem som
A dança dos bruxos na chuva fina pra clarear estrada
Que vai passando como manhãs frias... frias

Gestos sem gestos
Olhos sem cor
Túmulo selando
Memórias sem som

haa...

Dançar...
Dançar...

Tudo vai passando
Como manhãs frias
Com o céu nublado
E rostos sem autonomia

Gestos sem gestos
Olhos sem cor
Túmulo selando
Memórias sem som

Ainda cabe dentro do peito algum pedaço de amor pra impedir o mal jeito com tudo ao redor antes que o mundo meça sua estrada e identifique que o tempo acabou
Ainda cabe na palma da mão alguma história sem dor, mas a febre que vem de outrora queima na testa até de quem ainda nem embarcou
E todo resto se transforma ao segurarmos dentro esse destino que Deus abandonou aos nossos caprichos
E quanto mais a estrada passa a gente vê
E quanto mais a estrada passa a gente vê
E quanto mais a estrada passa a gente vê que tudo vai passando
Tudo vai passando ohh
Tudo vai passando...